Cândido Portinari (Brodowski, São Paulo, 1903 – Rio de Janeiro, 1962), um dos maiores artistas plásticos brasileiros, cursou Belas Artes no Rio de Janeiro e viajou extensivamente em busca de formação. Entre os seus destinos contam-se Espanha, Inglaterra, Itália e França, fixando residência em Paris a partir de 1930 e aí se deixando influenciar decisivamente pela arte moderna.
Em 1935, a pintura “Café” obtém uma menção honrosa na Exposição Internacional de Arte Moderna de Nova Iorque, dando projeção mundial ao seu trabalho.
Cândido Portinari desde cedo concretiza o seu pendor muralista, apresentando quatro trabalhos de tema social e nacionalista para o Monumento Rodoviário em Piraí, Rio de Janeiro. Medindo 0,96 por 7,68 metros, estes painéis assumem um papel crucial no conjunto da sua obra e revelam a importância das temáticas sociais nas décadas de 30 e 40 no Brasil.
Nos Estados Unidos executaria diversos painéis para exposições em Nova Iorque e Washington, e na Europa exporia em Paris e em Munique. Entre 1952 e 1956 criaria a sua mais monumental obra, os painéis “Guerra e Paz”, de 14 por 10 metros cada, encomendados pelo governo brasileiro para oferecer à sede da ONU, em Nova Iorque. Em 1955 recebe a medalha de ouro concedida pelo International Fine Arts Council de Nova Iorque para o Melhor Pintor do Ano.
Autor de quase cinco mil obras, de pequenos esboços a gigantescos murais, Cândido Portinari deixou uma marca na arte lusófona que perdura e perdurará com incomparável vitalidade.
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